sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Juke Box - Hotel California - The Eagles

Mais um clássico a rodar na nossa Juke Box.

Espera-se que a rodar com som, porque foi complicado surripiar no You Tube um vídeo com áudio desprotegido dos direitos autorais.

A última vez que vi, este vídeo ainda tinha o áudio disponível.
Tem legendagem em castelhano, mas foi o que se arranjou.

Os "The Eagles" foram formados em 1971, ou seja, assinalam este ano quatro décadas de carreira.

Este "Hotel California" foi criado em 1977.

Entre múltiplas interpretações, os Eagles avançam com a sua versão sobre o significado da letra.

Parece que está relacionada com os excessos vividos nos Estados Unidos da América, durante a década de 70, nomeadamente no seio da indústria discográfica, onde pontificava o hedonismo, a auto-destruição e a ganância.
E o ficcionado Hotel California, seria um sítio com estas características.

Eu gosto especialmente do final deste tema, quando os acordes das guitarras soltam-se dos seus criadores e fazem o amor.

Ah, esses loucos anos 70!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Loulé, Monumento ao Engº Duarte Pacheco, 1953

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Geração Tio patinhas - A Troca de Revistas

No tempo em que se trocavam revistas Disney, também se trocavam sonhos.
E relembravam-se provérbios antigos, como este:
"A galinha da vizinha é sempre melhor do que a minha".

Isto porque não se trocavam só cinco ou seis revistas.
Trocavam-se colecções inteiras.
E a dos outros, parecia sempre melhor do que a nossa.

Não que a minha envergonhasse alguém.
De facto, era tão jeitosinha que o Rui Pedro não a devolveu, o que motivou, meses mais tarde, a grande intifada à vivenda do usurpador de espólio alheio.
Mas isso fica para outra história.

Lembro-me de ter trocado 40 ou 50 livros, com o Quim Paulo, com o "Carocha", com o Nelson, ou com o falecido Sertório.

De resto, a colecção sertoriana, uma mescla Disney e Marvel, viajou comigo para o norte do país, garantindo deliciosas horas de leitura na aldeia dos tios do meu pai.

Outras colecções famosas, a dos meus tios mais novos, já foram aqui abordadas na rubrica "Flash Revival", mas diga-se à laia de conclusão que, o que interessava mesmo, era ter muitas revistas e ler ainda mais, trocando colecções inteiras com amigos, com amigos dos amigos, ou até com estranhos que moravam sabe-se lá onde.

As revistas eram carregadas para casa, em pesados sacos de plástico, despejadas na minha cama e organizadas pelo "método guloso", descrito no post "Geração Tio Patinhas - Os Banquetes de Quadradinhos", ou seja, revistas fininhas em cima e grossas como os "Disney Especiais", para o fim.

Quando tive o imenso prazer de reencontrar a minha Teresa, tive a grata surpresa de constatar que também ela tinha guardado as suas revistas de Walt Disney.

E digo-vos, caros amigos, poder trocar revistas do Donald e do Tio Patinhas com a namorada é um dos maiores prazeres que um apreciador de banda desenhada pode ter na vida.
Seja na adolescência, ou já chegado aos "enta".
Mirandela, cheias de 1909

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Velhos Anúncios - Gelados Olá

Custavam 1 escudo mas já ajudavam a refrescar os dias mais quentes.

Os Gelados Olá fazem parte dos momentos mais gulosos da vida de todos nós.

Criados em 1905, por Richard Wall com o nome Wall's, a marca adquiriu outros nomes noutros países, quando se internacionalizou:
"Olá", em Portugal, "Kibon" no Brasil e "Frigo" em Espanha, por exemplo.

Entre os que recordam com mais saudades, estão os Epas, com a sua pastilha elástica no fundo, os Pernas de Pau, os Super Maxi e já nos anos 80, os míticos Fizzs e Calippos.

Sem dúvida, um tema a merecer uma abordagem mais aprofundada dentro de uns tempos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Praia da Figueira da Foz, em 1931

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cinemateca Pop - Arma Mortífera

Segundo filme de Mel Gibson nesta Cinemateca Pop, ele que foi, sem sombra de dúvida, um dos principais heróis dos filmes de acção nos anos 80.

Mel é Martin Riggs, neste filme de 1987.

Ousado e com sangue frio, vai ter como companheiro um pacato polícia à beira da reforma, interpretado por Richard Donner.

Neste primeiro filme, a dupla junta-se numa missão que pretende pôr fim a uma quadrilha internacional de traficantes de drogas composta por ex-militares da guerra do Vietname.

Para actuar nas cenas de acção de "Lethal Weapon", Mel Gibson teve que aprender três formas de artes marciais: jiu-jitsu, capoeira e o jailhouse rock (uma forma de luta dos escravos americanos).

A cena final do filme, em que Martin Riggs luta durante cinco minutos debaixo de chuva, foi rodada em quatro noites.

O filme foi um dos sucessos de bilheteira dos anos 80, o que motivou um "Arma Mortífera" 2, 3 e até um 4, este já em 1998.

Aqui fica o trailer do original "Letal Wheapon" de 1987.
Guimarães, Largo 28 de Maio, em 1953

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Eternamente Sporting - Luisinho

Luis Carlos Ferreira, o eterno Luisinho, patrão da defesa do Sporting, no final dos anos 80, princípio dos 90, foi um dos mais elegantes defesas centrais que passaram pelo clube leonino.

Infelizmente não conquistou qualquer título de verde e branco.

Não lhe faltava qualidade e currículo quando chegou ao Sporting.

Esteve no Campeonato do Mundo de 1982, disputado em Espanha, onde foi titular em todos os jogos, formando dupla com Óscar.

Chegou ao Sporting em 1989 já com 30 anos, mas rapidamente impôs a sua classe, cuja principal característica eram os cortes em 'souplesse'.
Mas para além disso, que não é pouco, era inteligente a avaliar cada situação, tinha velocidade para rectificar as imprecisões dos seus colegas, era elegante no desarme e eficaz quando saía a jogar.

Ao serviço do Sporting Clube de Portugal, único clube europeu que representou, efectuou 98 jogos oficiais (82 dos quais a contar para o Campeonato Nacional) e apontou 4 golos: um dos mais importantes aconteceu em Bolonha (empate 1-1 na 1ª mão dos quartos-de-final da Taça UEFA de 1990/1991) que facilitou o acesso leonino à meia-final dessa competição, onde seria eliminado pelo Inter de Milão.

Regressou ao Brasil em 1992 para ainda vestir a camisola do Cruzeiro duas épocas.

Em 2005 foi eleito Secretário do Desporto e Lazer do seu estado-natal Nova Lima.

Em baixo, alguns momentos de Luisinho com a camisola leonina, incluindo o golo ao Bolonha, quando era Marinho Peres quem treinava a equipa.
Lamego, Pórtico dos Reis, 1910

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Super Pop Portugal - Contentores - Xutos & Pontapés

Montijo, 1987.

Um grupo de rapazolas pinhalnovenses, esperava pelo autocarro no pequeno parque em frente ao terminal de autocarros.
Sentados em velhos bancos de madeira, conversavam alto, riam à parva, faziam concursos estúpidos como o de olharem fixamente os olhos uns dos outros, até alguém se desmanchar a rir, e ouvia-se um dos sucessos do momento, mais para mais em português:

"Contentores", dos Xutos & Pontapés.

A batida começava pujante, rebelde, inebriante, e saía debitada das colunas de um pequeno quiosque de comes e bebes, onde muitas vezes enganei a fome com uma sandes mista e um sumol de laranja, antes do autocarro laranja da rodoviária finalmente arrancar para me levar até ao Pinhal Novo, para o almoço na casa da avó Catarina.

Os "Contentores" foram a pedra de toque no álbum que representou a explosão definitiva dos Xutos, o "Circo de Feras", quando se multiplicavam já os gestos de braços cruzados a evocar o símbolo do grupo e até gajada que começava, timidamente, a usar alguns lenços vermelhos atados no pulso, ou ao pescoço.

Para mim, para muita gente, foram os tempos dourados dos Xutos & Pontapés, que contudo, prosseguem imparáveis numa carreira já com mais de 30 anos.

No vídeo em baixo, os "Contentores" ao vivo no Campo Pequeno, em 2007, por ocasião dos 20 anos do álbum "Circo de Feras".
Braga, Bom Jesus, em 1908

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Pequeno Johnny - A Televisão da Avozinha

Não seria um modelo igual ao da foto, mas não deveria ser muito diferente.

Foi na televisão da sala da minha avó Catarina, entre dezenas de livros sobre a qualidade de vida na RDA, e outros exemplos de outras paragens, de como funcionava lindamente o comunismo, que no início dos anos 80 assisti a programas inesquecíveis.

Já não me lembro se, nos idos de 1981, 1982, a televisão da avozinha seria já a cores, ou ainda teria uma daquelas folhas de celofane azuis, verdes, ou de uma outra qualquer tonalidade que permitia o acrescento de uma corzinha mais à trilogia preto, branco e cinzento.

Mas o que interessa para aqui, é mesmo recordar esses intervalos de almoço em que assisti na televisão a momentos preponderantes na história da humanidade como... o casamento de Carlos e Diana ;)

Já estava de férias, a 29 de Julho de 1981.
Possivelmente estaria à espera das férias dos meus pais, em Agosto, para rumar com a famelga ao Algarve, mais propriamente a mítica Praia Verde.

Lembro-me de toda a pompa e circunstância, dos coches enfeitados, das orelhas do príncipe e do ar meio perdido da princesa, que bem cedo parecia trazer sobre si, a aura da fatalidade.
Tal facto só era perceptível por mim, num indício de capacidades paranormais jamais exploradas.
Poderia ser hoje um Professor Bambo.

No top 3 dos programa de tv vistos na televisão da sala da avozinha, num nº2, por assim dizer, colocaria a novela "Final Feliz", primeiros acometimentos românticos de uma adolescência feita de paixões na maior parte dos casos platónicas.
Poderia ser hoje um Pedro sem Inês, um Romeu sem Julieta, um Maradona sem Cocaína.

E por falar no astro de futebol, a grande memória televisiva desses tempos, diz respeito a um fabuloso Brasil x Itália do Mundial de 1982, em Espanha.

Inesquecíveis foram as figuras de Zico, Sócrates e Falcão; Zoff, Tardelli e Paolo Rossi.
E claro, a simpática mascote Naranjito.

Foi o momento do clique.

Deixei de ser mais um adepto português da selecção brasileira, para passar a ser fã da Squadra Azzurra.

E deixei de passar tanto tempo em casa, para passar tardes inteiras a jogar futebol no bairro.
Poderia ser hoje um Ronaldo.
Quinta dos Loridos, Bombarral, 1916