quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Pequeno Johnny - A Televisão da Avozinha

Não seria um modelo igual ao da foto, mas não deveria ser muito diferente.

Foi na televisão da sala da minha avó Catarina, entre dezenas de livros sobre a qualidade de vida na RDA, e outros exemplos de outras paragens, de como funcionava lindamente o comunismo, que no início dos anos 80 assisti a programas inesquecíveis.

Já não me lembro se, nos idos de 1981, 1982, a televisão da avozinha seria já a cores, ou ainda teria uma daquelas folhas de celofane azuis, verdes, ou de uma outra qualquer tonalidade que permitia o acrescento de uma corzinha mais à trilogia preto, branco e cinzento.

Mas o que interessa para aqui, é mesmo recordar esses intervalos de almoço em que assisti na televisão a momentos preponderantes na história da humanidade como... o casamento de Carlos e Diana ;)

Já estava de férias, a 29 de Julho de 1981.
Possivelmente estaria à espera das férias dos meus pais, em Agosto, para rumar com a famelga ao Algarve, mais propriamente a mítica Praia Verde.

Lembro-me de toda a pompa e circunstância, dos coches enfeitados, das orelhas do príncipe e do ar meio perdido da princesa, que bem cedo parecia trazer sobre si, a aura da fatalidade.
Tal facto só era perceptível por mim, num indício de capacidades paranormais jamais exploradas.
Poderia ser hoje um Professor Bambo.

No top 3 dos programa de tv vistos na televisão da sala da avozinha, num nº2, por assim dizer, colocaria a novela "Final Feliz", primeiros acometimentos românticos de uma adolescência feita de paixões na maior parte dos casos platónicas.
Poderia ser hoje um Pedro sem Inês, um Romeu sem Julieta, um Maradona sem Cocaína.

E por falar no astro de futebol, a grande memória televisiva desses tempos, diz respeito a um fabuloso Brasil x Itália do Mundial de 1982, em Espanha.

Inesquecíveis foram as figuras de Zico, Sócrates e Falcão; Zoff, Tardelli e Paolo Rossi.
E claro, a simpática mascote Naranjito.

Foi o momento do clique.

Deixei de ser mais um adepto português da selecção brasileira, para passar a ser fã da Squadra Azzurra.

E deixei de passar tanto tempo em casa, para passar tardes inteiras a jogar futebol no bairro.
Poderia ser hoje um Ronaldo.

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