sexta-feira, 29 de julho de 2011

Super Pop Portugal - Chiclete - Táxi

Quem é que nunca cantou o famoso "Chiclete"?
O tema, de 1981, completa agora 30 anos de existência, ou seja, é já um clássico do rock made in Portugal.

Os Táxi, nascidos e criados em 1979, actuaram pela primeira vez em Lisboa em Maio de 1981, tinha eu 10 aninhos.
Fizeram a primeira parte de um concerto dos Clash, no que deverá ter sido uma noite perfeita.

O álbum "Táxi" tornou-se no primeiro disco de ouro do rock português, vendendo mais de 35 mil unidades.

"Cairo" e o belíssimo "No Fio da Navalha", são outros grandes temas do grupo, que reapareceu em 2009, com o álbum "Amanhã", mas no caso deles, como de tantos outros, fará mais sentido o advérbio "Ontem".

E agora, vamos mastigar "Chiclete".

O Pequeno Johnny - O Malandrim

Poderia ter sido um bom actor, eu.
Não como um Isaac Alfaiate porque não tenho os joelhos tão bonitos, mas ao nível de um José Wallenstein, mais pela fuça do que pelas façanhas artísticas.

Todos já mentimos uma vez e todos fizemos asneiras em criança.
Mais do que uma vez.

A história que se segue aconteceu algures entre 1975 e 1980, na casa da minha saudosa avó Catarina.
Mais propriamente na cozinha.

Vovózita tinha ido às compras à mercearia do sr. Alberto, ainda hoje com a mercearia de pé, resistindo a supers, hipers e mega-mercados.
Trouxe pelo menos um saco cheio de coisas boas, daquelas a que um puto guloso não resiste, espreita e acaba por partir um ovo de uma caixa de meia dúzia.

Receoso de sentir o calor de umas palmadas bem dadas no rabo, tive uma ideia genial.
Fazendo fé em alguma taralhoquice da minha avó, engendrei uma realidade alternativa em que ela se tinha esquecido de comprar ovos.

Mas para isso era necessário desaparecer com os cinco ovos inteiros e um partido.

Então - notem no engenho da criança mais estúpida do que uma porta - agarrei na caixa de ovos e atirei-a pela janela.
Um voo do 1º andar para o quintal da dona Olívia, a senhoria.

A existência de uma bela gemada entre as plantas de quintal não passou despercebida e lá veio o inevitável castigo para o malandrim.

Cerca de 10 anos mais tarde, vinha carregado com compras da cooperativa de consumo que entretanto faliu, quando vi a minha prima Zezinha uns metros à frente e, o que é que resolve inventar a esquizofrenia desta mente?

Um faz de conta que estou a esconder algo muito feio atrás de uma roseira bonita.
Assim que, ao longe, a minha prima pareceu intrigada, fiz uma expressão de pânico, desviei-me do seu caminho, e acelerei o passo.

Não sei porque o fiz mas, como seria óbvio, a história chegou rapidamente aos meus pais e eu sem conseguir explicar o que se tinha passado, ou melhor, que não se tinha passado nada.

Ainda hoje não sei porque é que, quando não fazia asneiras, simulava que fazia asneiras.
Perdeu-se um actor, ganhou-se um pateta.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

One Night in Bangcock - Murray Head

Quarto sucesso esquecido da nossa juke box, este "One Night In Bangcock", dos Murray Head, remete de imediato para o misticismo do Extremo Oriente, em particular para as quentes noites tailandesas e os seus prazeres proibidos.
Dizem, eu nunca estive lá, não me comprometam.

Acho que foi o primo "Carocha" que levou a música lá a casa, numa cassete qualquer.

O tema é de 1984, foi escrito pelos dois gajos dos Abba, mas foram os Murray Head a fazer sucesso com este autêntico 'one hit wonder'.

A música fez parte do musical "Chess", o que explica que, no videoclip, bispos e cavalos rivalizem com belas asiáticas.

Até para a semana, com mais sucessos esquecidos dos anos 80.

Novelas da Globo - Pai Herói

Foi uma das novelas a que assisti na velha televisão da sala da casa da minha avó Catarina.
Era novo e tinha sonhos.
Hoje sou velho e tenho pesadelos.

Transmitida em Portugal no início dos anos 80, esta novela de Janet Clair tinha nos principais papéis Tony Ramos, Paulo Autran - primeira novela do actor já consagrado nos palcos brasileiros - Lima Duarte, Elizabeth Savalla e Glória Menezes, entre outros.

Para além da busca de André (Tony Ramos) pelo pai, um dos principais elementos da trama é a dança, destacada pelas personagens de Carina e Ana Preta, através do balllet clássico e do samba.

De resto, no início dos Anos 80 as massas deleitavam-se com tudo o que tinha a ver com a dança, efeito colateral dos anos disco, das performances de John Travolta e muitas outras manifestações de leveza e rodopianço que encontrariam o zénite anos depois com a novela "Baila Comigo", a série "Fama" ou o filme "Footloose" com Kevin Bacon.

Ao contrário do que pensava, a música "Cálice", de Chico Buarque, com a estrofe "Pai, afasta de mim esse cálice", não fez parte desta novela.
Mas é tema de "Amor e Revolução", do SBT, exibida este ano.

Fiquem com a abertura de "Pai Herói" e até um dia destes.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Japanese Boy - Aneka

Na nossa discoteca de sucessos esquecidos dos Anos 80, também existem acordes nipónicos.

Hoje recordamos a escocesa Aneka e o seu "Japanese Boy", um tema de 1981.


Pouco depois seria a loucura com os walkmans da Sony, o "Império dos Sentidos", as aventuras de Conan e, mais tarde, os karaokes, os sudokus e o belíssimo "Lost in Translation" com a Scarlett Johansson em Tóquio.


Embora o mundo seja cada vez mais "
made in China", a minha "honolável" vénia ao Japão.

Divas de Hollywood - Brigitte Bardot

Brigitte Anne-Marie Bardot foi uma das mais belas actrizes de cinema.
Foi o grande símbolo sexual dos anos 50 e 60, fazendo jus a um dos seus mais emblemáticos filmes, "E Deus Criou a Mulher".

Faz 77 anos a 28 de Setembro e isso nota-se.
Mas regressemos à epoca de glamour.

Bardot, princesinha de Paris, começou pelo mundo da moda, tendo-se estreado aos 17 anos no filme "Le Trou Normand".
Casou-se com Roger Vadim e logo ao segundo filme - "Manina, La Fille Sans Voile", já fazia salivar os cinéfilos com várias cenas em biquini.

Em 1956, "E Deus Crou a Mulher", sobre uma adolescente amoral numa pequena e respeitável cidade do litoral, fez em igual medida, escândalo e sucesso, com as suas cenas de nudez escarrapachadas nas telas de cinema de todo o mundo, a transformarem de vez BB numa das maiores sex-symbol da época.

Nos anos 60, descasou-se, voltou a casar e manteve-se na linha de sucesso da década anterior.

Pouco antes de fazer, 40 anos, e com mais de 50 filmes no currículo, para além dezenas canções gravadas, Brigitte Bardot anunciava o final de carreira para se dedicar ao activismo em nome da defesa dos animais.

Em 1977, denunciou, in loco, o massacre de focas-bebé no norte do Canadá.

Em baixo, algumas cenas de "E Deus Criou a Mulher" para que, como eu, chegue à conclusão que BB foi uma das actrizes mais belas de sempre.