segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A "MÁQUINA DO TEMPO" DESEJA A TODOS OS LEITORES, UM SANTO E FELIZ NATAL.

REGRESSAMOS A 11 DE JANEIRO.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sucessos Esquecidos dos Anos 80 - Souvenir - O.M.D.

Este é aquele tema que começa com um som sintetizado tão fofinho, que quase parece fazer parte de um programa do Baby Tv.

Para além do mega hit "Enola Gay", os O.M.D. - Orchestral Manoeuvres in the Dark brindaram o mundo com temas tão belos como este "Souvenir".

As imagens do vídeo remetem para o charme dos anos 50, mas este é um tema de 1981, com mais de trinta aninhos em cima, portanto.

Os O.M.D. formaram-se em 1980 e terminaram em 1989.
Isto é que é mesmo uma banda dos Anos 80.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Velhos Anúncios - Cerelac

Era uma papa para bebés que os adultos gostavam de experimentar.
Porque, valha a verdade, era docinha e fofinha.

Todos nós passámos por uma fase Cerelac antes de chegar à fase leitão assado, sem querer melindrar os vegetarianos.  

A Cerelac está há 76 anos em Portugal.

Foi no início dos anos 30 que a Sociedade de Produtos Lácteos conseguiu o exclusivo da produção e comercialização da Farinha Láctea Nestlé, em Portugal.
Em 1954 muda o nome para "Cereal" e daí chegou a "Cerelac".

Em 1986, para responder à procura de produtos mais práticos, a embalagem passa a ser de cartão, abandonando a tradicional mas pesada lata.
O sabor manteve-se sempre o mesmo.

Aqui fica o inesquecível anúncio do "Pa-pa-papa! Pa-pa-papa! Ce-re-lac! Ce-re-lac!"    



Cinemateca Pop - Cinema Paraíso

Por incrível que pareça, nunca cheguei a ver esta homenagem ao cinema.

"Cinema Paraíso" de Giuseppe Tornatore foi considerado o Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares de 1990, mas coleccionou muitos outros prémios e elogios pela Europa fora.

No filme, Salvatore Di Vita é um cineasta bem-sucedido que vive em Roma.
Um dia ele recebe um telefonema da sua mãe avisando que Alfredo está morto. A menção deste nome traz lembranças da sua infância e, principalmente, do Cinema Paraíso, para onde Salvatore fugia sempre que podia, depois que terminava a missa.

O padre via primeiro os filmes para censurar as imagens que possuíam beijos, e fazia companhia a Alfredo, o projecionista, mas Salvatore espreitava tudo.

Foi ali que aprendeu a amar o cinema.

Anos mais tarde, o Cinema Paraíso, já abandonado, acaba por ser demolido para dar lugar a um estacionamento.

Aqui fica um pouco desta grande obra.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Férias em Almograve


Costa alentejana,  Almograve.
Segunda metade dos anos 70.

O sol aquecia pequenas piscinas onde os adultos deixavam as criancinhas, enquanto descansavam, flirtavam e discutiam a jovem democracia.
Dois gaiatos brincam com barquinhos em verdes enseadas.

Os dois são primos, ainda que em segundo grau.

Eu sou o mais branquinho, de calções azuis.
O que mostra orgulhoso uma embarcação branca é o Zé Cordas, mais tarde meu instrutor de condução.
De carros, não de navios.

Lembro-me que adorava aquelas banheiras naturais de água morna, o veludo verde e escorregadio dos lismos, a quase ausência de problemas.

Quase que obtenho uma memória bem definida daquele barquinho verde de plástico e de terem que me arrancar dali para regressar a casa.
Uma casa alugada por um curto período, naquelas bandas.
Estava lá grande parte da família da minha mãe.

Praia.
Reuniões de família.
Coisas raras, na minha vida.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Velhos Anúncios - Boca Doce

O doce ficava na boca e o jingle no ouvido: 
"O Boca Doce é bom, é bom, é! Diz o avô e diz o Bebé, éhé ehé!"

O pudim Boca Doce está na mesa dos portugueses desde 1955 e hoje existem sete sabores para adoçar a boca e aumentar o colesterol:
Caramelo, Morango, Chocolate, Baunilha, Mousse de Chocolate, Ananás e Flan.

O meu preferido é o de Caramelo.
Acha que resulta muito bem, sim senhor.

Aqui fica o pequeno, mas inesquecível anúncio, com o avô, a netinha e claro, o pudim.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sucessos Esquecidos dos Anos 80 - Dancing With Tears in My Eyes - Ultravox

Foi no início de uma tarde do ano 2000.
A ansiedade estava a um nível elevado, faltavam poucas horas para o exame de condução que permitiria, ou adiaria, ter acesso à carta de condução.

No Feira Nova do Barreiro, vinda não sei de onde, irrompe uma música dos anos 80, "Dancing With Tears in My Eyes", dos Ultravox.

São raras as batidas dos Anos 80 que não reconheça mas, neste caso, ou já não me lembrava deste tema ou não o conhecia, de todo.

O ritmo deste "Sucesso Esquecido dos Anos 80" conquistou-me de imediato, mas aquele refrão...

O "Dancing With Tears in My Eyes"/"dançando com lágrimas nos meus olhos", não augurava nada de bom.
Mais para mais, para um supersticioso como eu.

UMA ESPÉCIE DE CARGA NEGATIVA

É claro que, com mais esta preciosidade esquizofrénica, o cocktail de bloqueios psicológicos estava completo e chumbei mesmo no exame.

No Opel cinzento, de regresso a casa, geriam-se sensibilidades, porque dois dos instruendos tinham passado, mas eu fazia as vezes de patinho feio.

Desde então, sempre que ouço esta música, penso que vai acontecer alguma coisa ou, pelo menos, que o dia vai acabar mal e algumas vezes tem sido mesmo assim...

Vamos ver se é hoje que este "Sucesso Esquecido" se transforma num
"Karma Esquecido", até porque não há consultas médicas e o frustrante Sporting versão 2012/13 também não joga hoje...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012


O Pequeno Johnny - Quando Eu Era Princesinha

 
As memórias que recupero hoje foram tabu até há bem pouco tempo.
Como quase todos os homens deste mundo tive a minha fase travesti.

Aconteceu uma única vez por volta dos meus três aninhos, isto se se considerar irrelevante dois anos na adolescência em que ia para a escola com a lingerie da minha mãe.

Quanto ao momento retratado acima, aconteceu por volta de 1973, 1974.
Vestido com uma espécie de... unn... vestidinho curto, uns sapatinhos ortopédicos que mais parecem umas sabrinas, meias branquinhas puxadas bem para cima, como se fossem collants e com um cabelinho comprido e sedoso, eis o pequeno Johnny transformado em princesinha da classe média!

Esta linda menina de pernoca bem aberta na varanda do seu 3º direito, e que por pouco não seguia o exemplo do filho do Nené, hoje Filipa Gonçalves, contentava-se a brincar com... molas de roupa!!

E diz a lenda que permanecia assim, entretido com tão pouco, horas a fio, podendo até os meus pais ausentarem-se para um fim de semana em Benidorm que, quando viessem, lá estaria eu na mesmíssima posição, embora sub-nutrido, e possivelmente mijado e cagado pelas perninhas abaixo...

Há que dizer aos nojentos pedófilos que têm estado a ler isto de braguilha desabotoada, que o menino/princesinha da foto cresceu, é um heterosexual de 41 anos e só frequenta o Parque Eduardo
VII por alturas da Feira do Livro e mesmo assim, raras vezes.
Mas chegade falar de gajas boas, isto é, de mim.

Que tal um bocadinho de História de Varandas Lusitanas dos finais do Século XX? 
Não?
Está bem.

VARANDA CARDOSO, UMA INSTITUIÇÃO

A varanda ali acima tornou-se, literalmente, uma homenagem aos Jardins Suspensos da Babilónia, à Natividade Cristã e à Pátria Portuguesa, consoante a época do ano.

No Natal, "papai e mamãe" esmeram-se em enfeites natalindos, uma profusão de luzinhas que acendem e apaguem para lembrar a todos que a família Cardoso celebra o Natal como ninguém mas que, no fundo,
gostariam sim de gerir uma casa de alterne.

Em tempo de campeonatos da Europa e do Mundo em futebol, a varanda é ornamentada com uma mega-bandeira portuguesa - culpa dos tempos do Scolari - o que tem confundido muitos turistas que julgam que é ali o Palácio de Belém.

Ainda ontem recebi duas dezenas de japoneses e chineses de máquina fotográfica que, em vão, procuraram o Plesidente Cavaco debaixo da mesa da cozinha, atrás do móvel da sala e até dentro da sanita.
Aproveitei para puxar o autoclismo, porque sempre são alguns a menos neste mundo, caso as enchentes e os terramotos não cumpram o seu papel.

Hoje em dia, naquela varanda - pasme-se - também se plantam morangos, prova de que os dias de hoje apelam ao regresso à terra.
Mas no início dos anos 70, a varanda era tão kitsch, se nos esquecermos, por um momento, daquela boneca que ali deixaram plantada.
Foram os dias em que eu era princesinha.