Naquele noite do final de Outubro de 1985, Portugal "deu um bigode" à poderosa selecção alemã de futebol.
Em plena cidade de Estugarda.
O bigode tinha dono, cara, corpo, pernas e pés.
Pés talentosos.
Mira apurada.
Golo.
Carlos Manuel Correia dos Santos, nasceu na Moita, a 15 de Janeiro de 1958 e foi considerado um dos melhores médios ofensivos portugueses da década de 80.
Começou a jogar no Grupo Desportivo Fabril do Barreiro, seguindo-se, em 1977, o Barreirense.
Em 1979 transferiu-se para o Benfica e por lá ficou até 1987.
Com a camisola encarnada ganhou 4 campeonatos, 5 Taças de Portugal e 2 Supertaças.
O F.C. Porto ainda não papava títulos.
Em Dezembro de 1987 foi cedido ao FC Sion, e em 1988 voltou a Portugal, desta vez para jogar no meu Sporting.
E foi um prazer vê-lo de verde e branco.
Jogou ainda pelo Boavista e terminou a carreira no Estoril, sendo que, como treinador, passou uma vez mais pelo Sporting, mas a sua carreira de técnico (nos últimos anos ao serviço do Oriental) não teve o sucesso que alcançou como futebolista.
Regressemos a 29 de Outubro de 1985.
Para que Portugal se apurasse para o Mundial de 86, tinha mesmo que ganhar à Alemanha, em solo germânico.
Tarefa que parecia impossível atenuada algo liricamente com a célebre frase do selecionador José Torres:
"Deixem-me sonhar".
E um pontapé de sonho, vindo do lado esquerdo do ataque português materializou o sonho.
Schumacher não pôde fazer nada.
Portugal foi ao Mundial do México, em 1986, e esperava-se que por lá ficasse muito tempo.
Afinal foi só um "Saltillo"...
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