Não havia PlayStations ou consolas como há hoje, mas o mundo electrónico já era feito de mudança.
Os videogames nos anos 80 deixavam de pertencer ao mundo dos jogos de arcadia - penso que é assim que se escreve - , aqueles saudosos monstros encaixotados e cheios de cores, blinks, tirilims e outros sons, que davam modernidade aos cafés ; ou a outros jogados no ecran do televisor com a ajuda de joysticks.
Os minigames eram quase todos japoneses, pouco maiores que um telemóvel (que não existia) feitos de cores apelativas, cinco ou seis botões e quase sempre com um Game A, mais simples, e um Game B, de dificuldade mais elaborada.
Começou a andar nas mãos de toda a gente, mas não me lembro de ter um especialmente bonito.
Mas invejava os do meu primo José Eduardo.
O sacana tinha dois ou três muito bons, daqueles que davam vontade de passar uma tarde a jogar, até torrar as pilhas de litium.
Num deles, o jogador jogava ténis com umas bolinhas que saíam de todas as direcções, primeiro uma ou outra, depois quatro ou cinco, até serem cada vez mais e ficarmos a chorar da vista, com os polegares em chamas e à beira de um ataque de epilepsia.
O outro era ainda mais catita e punha o famoso Snoopy a saltar de um lado para o outro.
Um jogo mesmo bonito, de que tenho muitas saudades, e pelo qual pagaria uma pipa de massa para voltar a tê-lo nas mãos, para voltar a jogar com ele, para voltar a jogar uma tarde inteira sem quaisquer responsabilidades ou restrições, excepto uma:
As palavras "Game Over".
Um comentário:
Já lá estive, Xandro!
Como você, sou um hiper fã dos quadrinhos Disney.
Um abraço, tudo de bom, e... continue a passar por cá, tá?
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