É um dos temas mais bonitinhos dos Anos 80, mas por alguma razão não passa muito nas rádios, mesmo aquelas dedicadas aos êxitos do passado.
Excelente exemplo do italo-disco, este "Take Me Up" dos Scotch (que também têm aquela música da "tosse", o "Disco Band") é da excelente classe de 1985.
85 e 86 foram, para mim, os dois maiores anos da música pop mais orelhuda, muito dançável, cheia de refrões bem-dispostos.
E estes "Scotch" - grupo italiano há muito extinto - merecem um lugarzinho nas memórias de então.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Tesourinhos Fascinantes - Cubo Mágico
Muito antes das tabelas de Sudoku e dos impressos do IRS, houve um quebra-cabeças que se tornou rei e senhor dos nossos tempos livres, o Cubo Mágico.
A geringonça foi inventada em 1974 p'lo húngaro Erño Rubik que, reza a lenda, baseou-se no nosso 25 de Abril...
"Olha! Uma revolução dos cravos em Portugal! Cravos... cravos... cubo mágico! É isso"!
Só que o dito cubo, digo o dito cujo, só rebentou em força nos anos 80 em Portugal.
Primeiro, rebentou ; depois muitos rebentaram com ele, porque a traquitana exasperava quem se atrevia ao reque-reque agregador de faces cromáticas.
Eu próprio andei às turras com um cubo mágico e, se é verdade que ele nunca se deixou montar totalmente (esta frase ficou um bocadinho estranha...), eu também não me deixei ficar.
Como muitos outros trintões e quarentinhas, chegou uma altura em que eu agarrei na coisa ( esta também não soou bem...) e desmembrei-a, pensando que seria depois mais fácil colocar as seis faces coloridas bem ordenadas.
Nããã.... e era uma vez um cubo mágico.
Outra brilhante ideia que a malta tinha era a de descolar os autocolantes coloridos e colar os amarelinhos todos na mesma face, os vermelhos, os azuis e por aí adiante.
Mas nem todos desistiam tão facilmente e por toda a parte chegavam ecos de feitos cada vez mais heróicos:
* Pessoas que conheciam pessoas que tinham feito o cubo.
* Gente que tinha resolvido o cubo sem recurso a drogas.
* Gajos de óculos de fundo de garrafa que resolviam o cubo em poucos segundos.
* Cromos que eram convidados para resolver o quebra-cabeças no "Passeio dos Alegres"do Júlio Isidro.
* Competições europeias e campeonatos do mundo.
Lembro-me que, depois de ficar estupefacto com estas notícias, levantava o fofo do sofá e voltava para junto do meu velho cubo por resolver, sentindo-me imensamente obtuso, capaz de escrever uma carta para o Ministério da Educação para pedir uma reinscrição na Escola Primária.
A moda passou e não há, no remanso do lar, vestígios de tão peculiar objecto.
Os melhores cubos lá de casa, voltaram a ser os da Knorr...
A geringonça foi inventada em 1974 p'lo húngaro Erño Rubik que, reza a lenda, baseou-se no nosso 25 de Abril...
"Olha! Uma revolução dos cravos em Portugal! Cravos... cravos... cubo mágico! É isso"!
Só que o dito cubo, digo o dito cujo, só rebentou em força nos anos 80 em Portugal.
Primeiro, rebentou ; depois muitos rebentaram com ele, porque a traquitana exasperava quem se atrevia ao reque-reque agregador de faces cromáticas.
Eu próprio andei às turras com um cubo mágico e, se é verdade que ele nunca se deixou montar totalmente (esta frase ficou um bocadinho estranha...), eu também não me deixei ficar.
Como muitos outros trintões e quarentinhas, chegou uma altura em que eu agarrei na coisa ( esta também não soou bem...) e desmembrei-a, pensando que seria depois mais fácil colocar as seis faces coloridas bem ordenadas.
Nããã.... e era uma vez um cubo mágico.
Outra brilhante ideia que a malta tinha era a de descolar os autocolantes coloridos e colar os amarelinhos todos na mesma face, os vermelhos, os azuis e por aí adiante.
Mas nem todos desistiam tão facilmente e por toda a parte chegavam ecos de feitos cada vez mais heróicos:
* Pessoas que conheciam pessoas que tinham feito o cubo.
* Gente que tinha resolvido o cubo sem recurso a drogas.
* Gajos de óculos de fundo de garrafa que resolviam o cubo em poucos segundos.
* Cromos que eram convidados para resolver o quebra-cabeças no "Passeio dos Alegres"do Júlio Isidro.
* Competições europeias e campeonatos do mundo.
Lembro-me que, depois de ficar estupefacto com estas notícias, levantava o fofo do sofá e voltava para junto do meu velho cubo por resolver, sentindo-me imensamente obtuso, capaz de escrever uma carta para o Ministério da Educação para pedir uma reinscrição na Escola Primária.
A moda passou e não há, no remanso do lar, vestígios de tão peculiar objecto.
Os melhores cubos lá de casa, voltaram a ser os da Knorr...
Clássicos MPB - O Pato
O Cristo e o Nelson não se cansavam de entoar este quase hino da Estufa Fria, nas intermináveis noites dos anos 90.
A Estufa Fria não era o palco, antes las calles do Pinhal Novo.
A referência foi adicionada recorrendo à parte da minha memória onde está incrito o item "Lugar Onde Existem Muitos Patos".
Cheguei a achar a cantoria irritante, felizmente intercalada com outras brilhantes composições do génio João Gilberto como "O Barquinho", mas era só porque não conhecia a letra de cor, de modo a que pudesse acompanhar os doidivanas.
Hoje, tenho o tema gravado em cassete e em CD, inaudível a primeira, recorrente o segundo, e espero ouvir este clássico até ao fim dos meus dias, porque o mesmo traz-me calma, memória de dias de primavera, mãos dadas, pedacinhos de pão jogados para lençóis de água e claro, muitos patos empatando os problemas e ganhando tempo de retomar fôlego para novas batalhas.
João Gilberto ainda respira, consta que é perfeccionista, não perdoa telemóveis nos seus raros concertos, cochichos na plateia ou barulhentos aparelhos de ar condicionado.
Já chegou a abandonar concertos a meio por achar que o barulho estava a estragar a sua apresentação.
Em baixo, fica um vídeo diferente de "O Pato", que encontrei no You Tube e que assinala também o dia de hoje, Dia Mundial da Criança.
Boa ideia, não?
Também eu sou um génio excêntrico
A Estufa Fria não era o palco, antes las calles do Pinhal Novo.
A referência foi adicionada recorrendo à parte da minha memória onde está incrito o item "Lugar Onde Existem Muitos Patos".
Cheguei a achar a cantoria irritante, felizmente intercalada com outras brilhantes composições do génio João Gilberto como "O Barquinho", mas era só porque não conhecia a letra de cor, de modo a que pudesse acompanhar os doidivanas.
Hoje, tenho o tema gravado em cassete e em CD, inaudível a primeira, recorrente o segundo, e espero ouvir este clássico até ao fim dos meus dias, porque o mesmo traz-me calma, memória de dias de primavera, mãos dadas, pedacinhos de pão jogados para lençóis de água e claro, muitos patos empatando os problemas e ganhando tempo de retomar fôlego para novas batalhas.
João Gilberto ainda respira, consta que é perfeccionista, não perdoa telemóveis nos seus raros concertos, cochichos na plateia ou barulhentos aparelhos de ar condicionado.
Já chegou a abandonar concertos a meio por achar que o barulho estava a estragar a sua apresentação.
Em baixo, fica um vídeo diferente de "O Pato", que encontrei no You Tube e que assinala também o dia de hoje, Dia Mundial da Criança.
Boa ideia, não?
Também eu sou um génio excêntrico
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